Free Web Hosting
Compartilhar

Você está em: Home > História
—————————————————————————————————————————————

História Da Raça

O Boxer é uma raça alemã que foi criada no final do século XIX. No entanto, suas origens se voltam para as noites dos tempos, quando o homem caçava e guerreava na companhia de molossos.

Desde a Antigüidade e, depois, desde a Idade Média, se encontram vestígios de cães solidamente construídos, de tipos muito heterogêneos, utilizados pela sua força e agressividade. A maioria dos povos antigos e dos grandes estrategistas militares criaram verdadeiras legiões caninas para os auxiliar em suas conquistas. Foi assim que os Hicsos, povo procedente da Ásia, levaram ao Egito ferozes molossos, ou como Filipe de Macedônia, pai de Alexandre Magno, se serviu de colossos para ganhar batalhas. Em 101 a.C., os romanos tiveram que lutar contra os potentes cães que os Cimbros, uma tribo originária do norte da Europa, levavam consigo. Muito mais tarde na época de do Renascimento, Enrique VIII da Inglaterra venceu aos exércitos de Carlos V graças à suas falanges de mais de (500) quinhentos

Ler mais

Esse tipo de soldado foi empregado também na caça maior – do urso ou de bois selvagens. Depois, ao longo dos séculos, quando o homem já não precisava caçar para poder sobreviver e conforme evoluíam as técnicas de combate, esses animais tiveram que se adaptar a novas tarefas. Assim, em função do uso e dos costumes de cada povoado, pouco a pouco se fixaram diferentes tipos de cães em toda a Europa e a maioria se transformou em cães de guarda enquanto outros se convertiam em estrelas de combate em feiras, nas quais eram obrigados a lutar contra touros e animais selvagens.

Ler mais

Esses molossos dariam nascimento aos ancestrais do Mastiff e do Buldogue na Grã-Bretanha, do Dogue de Bordéus no sudeste da França e, na Alemanha, ao Dogue Alemão e ao Bullenbeisser. Esse último foi quem deu nascimento ao Boxer que conhecemos na atualidade. O Bullenbeisser (mordedor de touros), que antes também se chamou – segundo antigos textos germânicos – canis ursiritus (cão de urso) e canis porcatoris (cão de javali) ultrapassou fronteiras e, na segunda metade do século XIX, se encontrava nos Países Baixos, Bélgica e no leste da França. Então se distinguiam o Bullenbeisser de Dinzig e o Bullenbeisser Brabançon, de menor tamanho, que dois criadores descreviam assim em 1877, no periódico Der Hund und seine Jagd: "é um cão imponente, forte e sério. É o cão mais inteligente da raça dos molossos e mede cerca de 55 cm. Tem o focinho curto, largo e desnivelado, marcado por rugas e com lábios pendentes. A cabeça é larga, seu diâmetro é maior que o de qualquer outra raça. Os olhos são ligeiramente oblíquos e um pouco cobertos pela pele da frente. Tem rugas na testa e nas bochechas. As orelhas não são cortadas. A linha superior é reta. A cor é de leão, rajada de cor de lobo". Evidentemente, essa descrição nos faz pensar em um cão molosso, que podia corresponder tanto ao Mastiff Inglês quanto ao futuro Boxer, ou ainda ao Buldogue. É na Grã-Bretanha precisamente onde tem que se buscar a outra origem do Boxer dos dias de hoje. Os britânicos recordam constantemente que o primeiro Boxer nasceu graças a um Buldogue chamado Tom. Elizabeth Sommerfield, célebre criadora inglesa, apresenta assim o ilustre ancestral, em sua obra intitulada The Boxer. "Em 1890, o doutor Toennissen vivia em Munique e tinha um Buldogue Inglês chamado Tom. Por desgraça [...] não há mais ninguém que tenha um retrato deste cão, mas uma coisa é certa: era branco como neve. Também está comprovado que tinha um aspecto de um Buldogue do final do século XIX [...]. Na realidade, se parecia muito mais ao Boxer atual do que o Buldogue que hoje se encontra em exposições".

Tom formou par com uma cadela branca do tipo Bullenbeisser chamada Alt's, e dessa união nasceu Floki, o primeiro Boxer registrado no Livro das Origens do Boxer, e com esse nome. Entretanto, Floki não tinha nada de especial. O doutor Maurice Luquet o qualificou como um "tipo mestiço de Buldogue". Na exposição canina que se celebrou em Munique, em 1895, alguns aficionados impuseram a raça e o nome que tem hoje.

Ler mais

Elizabeth Sommerfield conta como um tal de Friederich Roberth, originário de Viena, na Áustria, criador de Airedales e aficionado por cães de pêlo curto, esteve em Munique acompanhado de dois amigos, Elard König e R. Hopner, e como os três conseguiram convencer ao Clube alemão do São Bernardo as apresentar a classe "boxer" na exibição canina que se celebrava na cidade. Nessa categoria, entraram quatro cães, mas Floki foi o único que passou para a posterioridade. A criação do Deutscher Boxer Klub e a primeira exposição canina organizada sob seu comando permitiram reunir aproximadamente vinte exemplares no ano seguinte. E ainda que fossem relativamente heterogêneos, alguns eram brancos enquanto outros eram pardos, com manchas tigradas, uma quantidade considerável tinha uma semelhança evidente com os Buldogues, o que significava que eram maiores e mais leves que os Boxers de hoje.

Depois da exposição de Munique, os aficionados alemães decidiram reagir no primeiro padrão da raça. Precisaram de seis anos para chegar a um texto aceitável, que foi finalmente adotado em 1905. Nesta mesma época, em 1904, foi criada a primeira revista exclusivamente dedicada ao Boxer, o que representava um impulso significativo à raça. A Primeira Guerra Mundial causou danos severos à criação alemã, e tiveram que esperar até o início dos anos vinte para que, por iniciativa de Fritz Muller, se reconhecesse o Boxer como cão de trabalho.

Ler mais

A raça progrediu na Alemanha num ritmo regular até a Segunda Guerra Mundial. Das 30.000 inscrições registradas no Livro das Origens, em 1933, passou-se para 38.000, em 1938. A utilidade do Boxer já estava tão reconhecida que, depois do conflito, as forças aliadas instaladas na Europa e, sobretudo as tropas norte-americanas, compraram numerosos reprodutores e introduziram-nos na América do Norte. Conscientes do perigo que poderia causar tal vazamento, os cinólogos alemães limitaram as exportações e tentaram fortalecer a cria nacional – o que impediu que os americanos comprassem um dos mais belos espécimes da raça, Heiner von Zwergeck, apesar de estarem dispostos a pagar dois mil dólares. Em 1968, o Livro de Criação levado pelo clube alemão totalizava 80.000 inscrições. Na atualidade, os efetivos são mais de 150.000. Desde a fundação do Boxer Club de France em Estrasburgo, em 1922, o Boxer é conhecido no mundo todo, confirmando assim o êxito da criação alemã.




Meus Perfis

Mini-Currículo

Você está em: Home > História
—————————————————————————————————————————————